quinta-feira, 19 de julho de 2012

Talassemias


As talassemias são defeitos hereditários caracterizadas pela redução ou ausência da síntese de uma das cadeias de globinas, as subunidades que compõem a hemoglobina (Hb). Consoante a cadeia cuja produção esteja comprometida, são classificadas em alfa-talassemias e ß-talassemias. Somente as últimas serão aqui consideradas, em função de sua ocorrência no Brasil.
A reduzida disponibilidade de cadeias ß limita o número de moléculas completas de Hb por célula, sendo responsável pela microcitose e hipocromia. Por outro lado, o excesso relativo de cadeias a precipita-se nos eritroblastos determinando sua destruição precoce na medula óssea; assim, apesar da hiperplasia eritróide da medula, a liberação de hemácias maduras é deficiente. Além disto, as hemácias contendo cadeias a precipitadas são destruídas prematuramente no baço, resultando um quadro hemolítico.
A doença apresenta-se sob três formas clínicas: 

  •  Talassemia menor, clinicamente assintomática, correspondente ao estado heterozigótico, caracterizada por microcitose, hipocromia e elevação da HbA2;
  •  Talassemia maior (ou anemia de Cooley), forma homozigótica, com anemia intensa e incompatível com a vida na ausência de tratamento transfusional, e é caracterizada por acentuadas hipocromia e poiquilocitose, hemácias em alvo e com grânulos basófilos, eritroblastos em circulação e HbF de 20 a 100%; 
  • Talassemia intermediária, moderadamente grave, mantendo níveis de Hb acima de 6-7 g/dl; embora sintomática, as transfusões são necessárias apenas ocasionalmente.

_____________________________________________________________________________


        

  • Cansaço e fraqueza
  • Palidez
  • Problemas no crescimento             SINTOMAS
  • Abdômen desenvolvido
  • Aumento do baço
  • Alterações ósseas
  •  ___________________________________________________________________________


    TRATAMENTO

O tratamento da talassemia maior fundamenta-se em: transfusões de sangue, terapêuticas quelante, esplenectomia e apoio psicológico. Com o emprego eficiente e cuidadoso destas medidas, o prognóstico sofreu uma evolução favorável, passando de doença letal na infância com sobrevida mediana inferior a 5 anos, para uma doença crônica, com desenvolvimento próximo ao normal e vida mediana superior a 25 anos.










Nenhum comentário:

Postar um comentário